quinta-feira, 30 de junho de 2011

Texto de Newton Moreno dirigido e coordenado por Alice Stefânia

comentários sobre a Leitura Dramatica que fizemos no anfiteatro 09 na UnB. pra quem quiser conferir o blog do projeto é beem legal!!!

http://www.quartasdramaticas.blogspot.com/ 

 

domingo, 10 de abril de 2011



            Na última quarta-feira, dia 08 de abril, ocorreu no Anfiteatro 09 da Universidade de Brasília a leitura dramática de Agreste (Malva-Rosa), de Newton Moreno. Dirigida pela professora Alice Stefânia e apresentada pelo elenco formado por alunos do curso de Artes Cênicas da  UnB, a leitura arrancou olhares, suspiros e também risadas da plateia.
            Com os rostos e os cabelos cobertos por uma areia de pigmento acinzentado e vestidos com roupas de algodão cru, os atores sentaram-se num semicírculo formado de caixotes e, por meio da considerável estratégia de dividir pequenos trechos da narração entre si, deram uma dinamicidade genial ao texto de Moreno. A leitura era acompanhada pela expressão corporal e até mesmo por diversos movimentos empregados em momentos oportunos. Um mesmo personagem era interpretado por diferentes atores, músicas eram entoadas por suas vozes entre algumas cenas e não se pode esquecer o violino responsável por um lírico efeito sonoro.Todos esses recursos meticulosamente trabalhados e formidavelmente inter-relacionados foram componentes da bem sucedida fórmula para mais uma marcante apresentação das Quartas Dramáticas.
            O preparo do elenco surpreendeu ainda mais a plateia quando os atores se dispuseram a realizar a leitura dramática mais uma vez na mesma noite para atender ao público de uma escola de Sobradinho, que chegou às 20h. O elenco, generosamente, resolveu repetir a leitura e a saída de um dos integrantes do grupo não impediu que o elenco se reorganizasse rapidamente e reapresentasse a leitura com algumas mudanças que comprovaram a habilidade da equipe. Sem os movimentos no centro do palco que compunham parte da apresentação anterior, a nova intesificou a força poética do texto  e contou com um bonito desfecho feito pelo violino que emocionou os espectadores.
            Depois do caloroso aplauso, a professora Alice Stefânia agradeceu a todos e explicou que fazer uma leitura dramática depois de ter a apresentação teatral montada é muito mais difícil, mas que a experiência foi muito interessante. Além de prometer voltar com novos trabalhos nas Quartas Dramáticas, agradecer o professor André Luís Gomes, responsável pelo projeto, e apresentar seus alunos, a professora convidou a todos para assistirem o espetáculo integral Malva-Rosa que será apresentado nos dias 09, 10 e 11 de Abril no Teatro Helena Barcellos do Complexo das Artes (UnB) explicando que, na leitura dramática, o texto de Newton Moreno foi apresentado na íntegra, mas muitas características originais do espetáculo por eles montado precisaram ser suprimidas. Diante disso, não há saída a não ser conferir a certamente fantástica montagem de Malva-Rosa anteriormente apresentada no Cometa Cenas e agora, mais uma vez, em cartaz. 
Kézia Abiorana Frutoso 

terça-feira, 14 de junho de 2011

Do barro ao corpo – A poesia de Malva Rosa



Por Jonas Sales
Ator, diretor e Prof. do Departamento de Artes Cênicas/UNB

Segundo o cristianismo, o homem veio do barro e a ele voltará, e deste homem de barro foi extraída sua costela e feita a mulher para ser sua companheira, amá-lo e perpetuar a espécie. O espetáculo MalvaRosa fruto do trabalho de alunos do departamento de Artes Cênicas sob o olhar preciso da Professora Alice Stefânia, leva-nos a adentrar no universo do amor e das  não limitações encontradas para se amar. O espetáculo constrói em uma ambientação cenográfica simples, com redes e caixotes de madeira, um agreste sem clichês, poetizando assim, um nordeste possível de identificação. Com uma interpretação dinâmica em que os atores mostram suas diversas faces em revezamento de personagens, que horas tem a delicadeza de mulheres e horas a rusticidade do homem brejeiro, o elenco instiga o olhar do espectador com movimentações físicas, falas e máscaras que preenchem o espaço agreste com força e suavidade ao ponto de fluir sua poesia sem exageros e no ponto certo. A musicalidade ao vivo, que perpassa as cenas, conduz a olharmos um amor entre duas mulheres sem que pensemos em sexualidade e sim, unicamente no ato de amar. Ao percebermos a violência humana contra elas, cravada sinteticamente pelo fogo de fósforos acesos em uma cena que deveria ter força por ser violenta, vemos que a solução cênica encontrada torna mais uma vez sensível o gosto estético para chegar à poesia pontual em todo percurso do espetáculo. E, para finalizar, um beijo em dueto nu - sob uma luz apropriada e eficaz que reforça o romance – depois do que estas mulheres dormem eternamente ao som da Ave Maria, Amém. Assim, estes elementos que esteticamente nos fazem pensar no tradicional como forte elemento referencial para nossa cena contemporânea, fazem de MalvaRosa um espetáculo que leva poesia desde sua maquiagem composta de barro aos corpos que poetizam o amor que vigora na estória, sendo, então, uma poesia que nasce do barro agreste e vai ao corpo de qualquer cidadão aberto a possibilidades de viver boas experiências estéticas, sem dogmas religiosos, e que pensa no amor, unicamente no ato de amar.
há tempos não atualizo o blog...


passamos pela abertura da Mostra de Teatro do 51º aniversário de Brasília, na Sala Martins Penna no Teatro Nacional Claudio Santoro e também pelo projeto Idas e Vindas, apresentado no ultimo domingo, 12 de Junho, no Sesc da Ceilândia.

Essa ultima acho que foi a apresentação mais conturbada de nossas pequenas temporadas.
Os problemas começaram logo cedo, chegamos ao teatro por volta de 10h da manhã, esperamos bastante, por umas 2h até conseguirmos entrar e descarregar todo nosso cenário e partir pro trabalho. O dia foi cansativo, como todo dia de montagem, mas com uma surpresinha a mais, 15minutos antes da abertura do teatro pro publico recebemos a triste noticia de que a energia tinha acabado e não tinhamos gerador. Parecia uma macumba, rs estavam todos muito deslumbrados com a estrutura do teatro e no fim das contas não tinhamos energia para apresentar.
Mesmo assim não perdemos a força de vontade, compramos mais velas e com 40 minutos de atraso resolvemos apresentar a luz de velas e no improviso, foi assim que aos trancos e barrancos MalvaRosa neste domingo não ficou só no desejo, e recebemos do pouco publico que tinha ali um grande carinho e uma resposta muito agradavel. Para eles o espetaculo era perfeito, assim, às velas e penumbras...


Já a apresentação do aniversário de Brasília foi maravilhosa, segue parte de uma matéria do pessoal da FAC:
"O público praticamente lotou as 437 poltronas do teatro. Alguns viam o espetáculo já pela segunda vez, como é o caso do estudante do primeiro semestre de Artes Visuais Rafael Godoy Brito. “Vim de novo porque achei tudo muito bom, principalmente a música e o roteiro”. Já a funcionária pública Ângela Andrade não conhecia a peça, mas se surpreendeu. “A peça superou todas as minhas expectativas, ainda mais porque os atores são iniciantes”."

para quem quiser conferir:   http://www.fac.unb.br/campusonline/cultura/item/983-teatro-nos-51-anos


e agora esperamos por São Paulo.. MalvaRosa 11 e 12 de Agosto na 1º Mostra Universitária do Espaço Elevador de Teatro Panorâmico.